Tenho deparado quão facilmente as pessoas se apegam às convenções sociais, algumas por patologia, outras por pedantismo estúpido e servilismo acéfalo e cego. Estas últimas são objeto inescapável do meu desprezo e fúria punitiva, pois, de certa forma , o incômodo que representam chega até mim. Quando digo convenções sociais, não aludo às regras sobre as quais apóia-se nossa sociedade para manutenção da ordem, do equilíbrio, da moral, dos bons costumes, das tradições sadias etc. Refiro-me, sobretudo, às superficialidasdes burguesas, às ostenções balofas de polidez vazia que, na maioria dos casos, ocultam um idiota disfarçado de homem moral e civilizado, enfim, detesto a ética excremetária desses tipos levianos com sua etiqueta afetada e que não esconde a hipocrisia.
A esse repeito, tomei conhecimento de uma caso absolutamente trivial, mas com seu interesse: estava sentado no meu sofá costumeiro, já vencido de sono tanto que cabeceava. A tv em frente a mim já desvanecia até que ouvi - Bruna Surfistinha (no Programa do Jô). O nome não me pareceu familiar, nunca tinha ouvido antes. Apenas dormi.
No dia seguinte, bradou-me a consciência em lembrança como um eco de algum resquício psicodélico. E fui à rede pesquisar. Confirmei as informações: B. Surfistinha, ex-garota de programa etc. Isso remeteu-me ao blogue da jovem e passei a considerar a sua angústia. Sim, atrevo-me a dizer que é uma angustiada, pois carregará para sempre os estigmas de uma opção infeliz - a perseguição, o assédio moral, as bravatas desaforadas dos hipócritas!
Certamente é de merecida consideração o fato de que será ostensivamente acossada pela opinião arrogante dos que não têm absolutamente respeito pelo ser humano diante de uma possibilidade de mudança, de redenção. As ex-prostitutas não podem gozar de sua civilidade e de sua humanidade como qualquer "puro" cidadão. Acaso têm, por força de uma disposição determinista, que abandonar sua dignidade e viver relegada a uma pura condição biológica e institiva, ou seja, ser uma puta, nada mais que uma puta? É isso o que pensam os presunçosos heróis da moral, não obstante seu discurso fumarento e camuflado pregue a piedade.
Lamentavelmente, vivemos no país da esperteza e da picardia, a matéria-prima do Brasil é um apanhado de velhacos, com suas exceções, é claro. Como escreveu João Ulbaldo Ribeiro, aqui "a esperteza é uma moeda mais valorizada que o dólar!" Que quero dizer com essa intercalação? Simples e sem medo de errar: os mesmos que criticam virulentamente a jovem, que a afligem e esbandalham, que a submetem ao chincalhe vulgar e desgraçante, certamente fazem uso dessa esperteza, dessa velhacaria ao terem o seu caso extraconjugal, ao se banquetearem à farta despendendo somas de dinheiro em festejos inúteis quando há tantos famintos e miseráveis nas ruas; ao promoverem referendos para desviar a atenção do povo da podridão moral que se descortina ante nossos olhos estarrecidos; ao fazerem "gato" de eletricidade, defraudando o vizinho; ao trazerem para casa o que é não seu, tirando do escritório, por acharem que ninguém vai sentir falta, enfim todos estes são os que julgam a jovem por um destino traçado pela sociedade que compõe este país.
A esse repeito, tomei conhecimento de uma caso absolutamente trivial, mas com seu interesse: estava sentado no meu sofá costumeiro, já vencido de sono tanto que cabeceava. A tv em frente a mim já desvanecia até que ouvi - Bruna Surfistinha (no Programa do Jô). O nome não me pareceu familiar, nunca tinha ouvido antes. Apenas dormi.
No dia seguinte, bradou-me a consciência em lembrança como um eco de algum resquício psicodélico. E fui à rede pesquisar. Confirmei as informações: B. Surfistinha, ex-garota de programa etc. Isso remeteu-me ao blogue da jovem e passei a considerar a sua angústia. Sim, atrevo-me a dizer que é uma angustiada, pois carregará para sempre os estigmas de uma opção infeliz - a perseguição, o assédio moral, as bravatas desaforadas dos hipócritas!
Certamente é de merecida consideração o fato de que será ostensivamente acossada pela opinião arrogante dos que não têm absolutamente respeito pelo ser humano diante de uma possibilidade de mudança, de redenção. As ex-prostitutas não podem gozar de sua civilidade e de sua humanidade como qualquer "puro" cidadão. Acaso têm, por força de uma disposição determinista, que abandonar sua dignidade e viver relegada a uma pura condição biológica e institiva, ou seja, ser uma puta, nada mais que uma puta? É isso o que pensam os presunçosos heróis da moral, não obstante seu discurso fumarento e camuflado pregue a piedade.
Lamentavelmente, vivemos no país da esperteza e da picardia, a matéria-prima do Brasil é um apanhado de velhacos, com suas exceções, é claro. Como escreveu João Ulbaldo Ribeiro, aqui "a esperteza é uma moeda mais valorizada que o dólar!" Que quero dizer com essa intercalação? Simples e sem medo de errar: os mesmos que criticam virulentamente a jovem, que a afligem e esbandalham, que a submetem ao chincalhe vulgar e desgraçante, certamente fazem uso dessa esperteza, dessa velhacaria ao terem o seu caso extraconjugal, ao se banquetearem à farta despendendo somas de dinheiro em festejos inúteis quando há tantos famintos e miseráveis nas ruas; ao promoverem referendos para desviar a atenção do povo da podridão moral que se descortina ante nossos olhos estarrecidos; ao fazerem "gato" de eletricidade, defraudando o vizinho; ao trazerem para casa o que é não seu, tirando do escritório, por acharem que ninguém vai sentir falta, enfim todos estes são os que julgam a jovem por um destino traçado pela sociedade que compõe este país.
10 comentários:
Obrigada pelo seu comentário no meu blog. Gostei muito do comentário que lá deixou, porque de facto os animais são uns seres formidáveis que nos trazem boas recordações. Parabéns pelo seu blog. Achei curioso o nome que deu ao seu blog. Beijos!
Oi Pedro,
Vc assistiu toda a entrevista dela no Jô???
Desculpe falar, mas eu não concordo com vc.
Ela é uma vadia isso sim...
O vocabulário dela é mto pobre e ela pagou uns micos tbm... disse q não sabia 1º e depois disse q não poderia falar, pois mentiu mal...
Outra o atual namorado dela, era um dos clientes q era casado.
Não quero nem ouvir falar nesta oportunista...
Abraços
Cláudia,
De fato, os animais me encantam soberbamente e, se eu pudesse, encheria minha casa deles, preferivelmente os gatos que, na minha opinião são as criaturas mais ternas desse mundo!
Um abraço e obrigado pela visita!
Patrícia,
Também não concordo com certos aspectos do comportamento dela e o fato de estar envolvida com um ex-cliente que era casado também é repreensível, mas o que eu defendi foi o direito à mudança que todos nós temos e condenei a excessiva (e às vezes hipócrita) fúria com que a julgam. Não a considero uma santa, mas deveria haver mais no mais amenidade no momento de fazermos juízos de certos assuntos.
E, tomando o ensejo, quero desculpar-me com certos leitores pelo azedume colérico que demonstrei ao tratar desse assunto. Eu estava irritado com outra questão, mas ligada ao tema geral, e não me contive - desabafei!!!
Bicos e abraços para ti e para o Vítor!!! :) :) :)
Falades da hipocresía do país e non vos decatades de que o voso pensamento está igualmente contaminado. ¿Quen é a inmoral, ela que se gaña a vida vendendo o seu corpo ou ese home casado que engana á súa muller? El é o culpable por non respetar á súa parella. Pero a muller, polo feito de ser muller, xa é culpable...
Oi Pedro,
Eu entendo seu posicionamento qto a Bruna.
Mas, não a quis julgar mal.
Apenas me revoltei que o ex-cliente dela (atual namorado), era casado...
Ela destruiu um casamento (ele estava no Jô, mostraram ele).
Vi sim Sociedade dos Poetas Mortos, é mto bom sim.
Uma boa pedida!
Beijos e boa terça-feira :)
Bianquita,
Eu apenas defendi seu direito a se redimir, a mudar de vida, a formar família e a ter reconhecida sua decisão em mudar, porque, neste país, temos demasiados "heróis" da moral que o são unicamente por arrogância, ostentação e vaidade. Ele e ela estão errados, mas advogo o direito à mudança. Se ela quer de fato mudar, isso é outro caso.
Oi Patty,
A parte sobre o namorado casado soube no dia seguinte à entrevista (eu cochilei, lembra?) e, quando assistia, estava mais interessado em colher opiniões sobre o ela que fez, como o livro9 por exemplo!
Beijos!
O que me jode é que Patty a culpe a ela de romper un casamento cando é el o cabrón fillo de puta que mandou á merda o compromiso coa súa muller. Ou é que os homes non saben dicir non??
Bianquita, a maioria dos homens desgraçadamente é falsa, carnal e machista. Temos que lamentar isso. Eu testemunho quase diariamente seu comportamento reprovável e me sinto enojado.
O cabrón é sim culpado e muito mais do que ela.
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