22 novembro 2008

CELEBRANDO DIONÍSIO

Em consideração à proposta havida em aula, na Ufal, de dispormos, a turma vespertina do 6º semestre do curso de Letras, da electiva Poesia Erótica, dou a lume aqui uma contribuição minha para esse tema. Poema composto há alguns meses e que retomei para reelaboração e metrificação. Tenham aí o esboço:


Corpora


Fundos os vales do teu púbis,
Selva sombria, imane...
De onde a custo saio,
Tão preso estava em seus liames.

Ao frêmito do gozo estremeço
Enquanto te ouço ranger os dentes...
Tinhorão edaz, esfaimado cróton
É teu sexo sanhoso e ardente!

Assim, tal Bacante em cio profano,
Tu és a dona do abismo
Que me toma ao vórtice
Desse gozo-cataclismo!!!

Todavia, quase sucumbo...mortal demais!
Insano sonhador vencido de marasmo...
Nesse embate de carnes, suor e gemidos
Me dás a inspiração do teu orgasmo.

E, gozando, ainda mais me enredo
No vermelho, foguento sexo fundo
Pelo que, cheio de aljôfares de sêmen,
Me dás a entender o mundo!

12 novembro 2008

ALMA GÉLIDA...


Malgrado a bela imagem acima de minha cidade, meu clima caro é do frio com céu de chumbo num ambiente penumbroso com arquitetura gótica e telas de Bosch, Brugel, Rembrandt. Viver sob o calor impiedoso do nordeste brasileiro é um tormento!