27 outubro 2005

O MESTRE POE


Edgar Allan Poe foi mais que um poeta e escritor. Prestou-se a ser um anunciador do apocalipse da existência interior, sempre conturbada, assolada por conflitos decorrentes dos vícios, da inaceitação, do desajustamento pessoal à existência. Seus personagens não tinham vida própria. Eram tipos marginalizados, neuróticos, compulsivos, degradados, atormentados por estigmas morais, preconceitos, enfim, nada que chegasse a exaltar o belo; era o criador do feio, do tétrico, do sombrio. Por isso, sempre me atraíram tantos suas obras como sua vida.
Notavelmente, quem é diferente, quem se sobrepõe aos demais, quem foge à vulgaridade reinante no seio da sociedade é estigmatizado pela mesma, tratado como pária, estranhado. Assim era Poe, um típico espectro social, absolutamente avesso ao mundo trivial dos homens. Não devo estranhar, pois, que sinto o mesmo ferrete a marcar-me a pele.
À sua época, ele foi o grande responsável pelo sucesso do Graham's Magazine, primeira das grandes revistas americanas modernas, mensário de maior tiragem em todo o mundo. Crítico mordaz, todavia justo, tinha tanta facilidade em despertar admiração quanto em criar inimigos a cada linha que publicava. Antes disso, havia sido elogiosamente recomendado pelo senado e pelo próprio secretário de guerra à Academia Militar de West Point, reduto da tradicional elite americana. Amigo de Charles Dickens (autor de "Oliver Twist" e "Barnaby Jones"), filho único de uma rica família de comerciantes, estudou nas melhores escolas da costa leste americana, da Escócia e da Inglaterra, onde morou por cinco anos.
Até o dia de sua morte, preparou precioso legado composto de poemas (sua obsessão), contos, críticas, ensaios e artigos que seduziram primeiro o público francês e só depois, ironicamente, americanos e ingleses. Para o argentino Jorge Luís Borges, Poe foi o criador do romance policial como gênero literário, pai de Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle e do Hercule Poirot de Agatha Christie, entre todo os outros. Para Charles Baudelaire, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, foi alma gêmea em vida e obra, um exemplo a ser seguido. Júlio Cortázar o tem como marco da literatura norte-americana, um compulsivo criador de personagens intensos.
Foi fonte de inspiração para Mallarmé, Stephen King, Arthur Rimbaud, Paul Valéry, Lautréamont, H.P. Lovecraft, Dostoiévski, Júlio Verne, Apollinaire, espalhando generosamente o brilho de sua contribuição entre sedentos músicos, coreógrafos, quadrinistas e cineastas. O jornalista Ivan Schimdt, seu biógrafo mais recente, confiante na abrangência e universalidade da obra, recomenda um olhar mais atento em sebos e bibliotecas à procura de algum exemplar perdido do mestre. Edgar Allan Poe figura entre os maiores nomes da literatura universal e faz os milhares de nós da evolução humana parecerem ter valido a pena.
A vida do gênio, contudo, não refletiu a glória e o luxo de sua obra. Seus 40 anos de existência lhe reservaram apenas míseros momentos de alegria. Poe foi infeliz, um pária, um deserdado, um abandonado, um viciado, um amante não correspondido, endividado, homem ao qual cabem todos os adjetivos decorrentes da ação do azar e da desgraça. A história tratou deste compulsivo com a mesma injustiça dispensada a outros gênios e só revelou sua importância após a morte, em 1849. Em vida, Poe colecionou reveses e catástrofes íntimas.
Nasceu em 19 de janeiro de 1809, filho de um paupérrimo casal de atores mambembes. O pai David, doente, desapareceu quando o pequeno tinha pouco mais de um ano. A mãe Elizabeth, atriz talentosa e vítima de tuberculose, deixou o jovem órfão antes mesmo de completar os três. Rico exportador de fumo, o casal John e Francis Allan assumiu a tutela do pobre menino e deu ao futuro poeta talvez as únicas oportunidades de sucesso em vida. Apesar do amor de Francis, John e Edgar jamais entraram em acordo: o pai o queria advogado, político e mesmo um comerciante. Poe só pensava na literatura e, desde os 14 ou 15 anos, escondia-se para escrever. Elmira Royster, uma das grandes paixões, surgiu aos seus olhos nesta época.
Aluno de direito na Universidade da Virgínia, aos dezessete anos, Poe dividia-se entre a leitura, a criação e o vício. Desde cedo, mostrava-se fraco para o álcool, além de jogador compulsivo. Em apenas um ano longe da família, suas farras criaram uma dívida de milhares de dólares que, se nunca chegou a ser liquidada, bastou para solidificar as desavenças entre pai e filho. Longe da academia, preferiu fugir de casa e alistar-se com o falso nome de Henry Le Rennét no exército. Fugia, assim, da supervisão paterna, dos credores, do amor esfacelado (Elmira havia de casado) e - talvez exemplo para Sartre, Hemingway e Orwell - encontrava na caserna o tempo para escrever. Seus bons serviços às armas lhe renderam recomendação para West Point, mas o sargento só tinha sentidos para a literatura: como cadete, agüentou lá menos de oito meses.
Nas fases de miséria (elas foram praticamente eternas), Poe se refugiava na casa da tia Maria Clemm, dividindo espaço com a avó paralítica, o irmão igualmente poeta e alcoólatra, a jovem prima e o primo tuberculoso. Nada o impedia de escrever, nada freava a verve para a desgraça. Ao abandonar West Point, reuniu o que lhe sobrava de dinheiro e integridade física (muito pouco), somou ao ímpeto criativo (este, abundante) e investiu na carreira jornalística.
Vagando entre os periódicos de Baltimore, Richmond e New York, Poe iniciou sua fase de sucesso (se é que pode ser assim chamada) como contista e crítico. Sempre em troca de migalhas, estampava clássicos como "O Relato de Arthur Gordon Pym" e "Manuscrito Encontrado Numa Garrafa" nas páginas fugazes dos jornais. Escreveu "A Queda da Casa de Usher", "A Conversa de Eiros e Charmion" e o quase autobiográfico "Willian Wilson" nesse período de relativo reconhecimento.
Aos 23 anos, Poe casava em segredo com a prima Virgínia (sua musa para Annabel Lee, Ligéia, Berenice, Madeline...) de apenas 13 anos. Afundava-se cada vez mais no rum e na morfina, atirava-se como suicida às festas, saraus e noitadas, mas ainda mantinha o pulso com boa caligrafia, o cérebro critico e o vocabulário ferino. Lançou, entre 1831 e 1848, além do já citado "Relato", obras definitivas como "Tales of Grotesque and Arabesque" traduzido por Baudelaire para “Histórias Extraordinárias” título pelo qual ficou conhecida a obra em português, "Romances em Prosa", "Eureka, Um Poema em Prosa" e o eterno "O Corvo e Outros Poemas".
O estilo de Poe voltava-se para o crime investigativo, o terror mórbido e sombrio, e sua beleza e estilo literário são considerados ímpares na literatura mundial. Um escritor, um poeta, que, às vezes, em poucas linhas apenas conseguiu criar obras primas como o conto intitulado: "A Máscara da Morte Rubra", uma de suas mais aclamadas obras.
Em 1847, a bela Virgínia morre depois de longo tempo de sofrimento e Poe começa manifestar os primeiros sintomas de desgaste físico: problemas coronarianos e cérebro lesado pelos aditivos punham o poeta sob constante supervisão médica. Como os pais verdadeiros, o jornalista fazia das viagens uma necessidade constante da profissão e, num destes deslocamentos de barco rumo a Philadelphia, desceu em Baltimore, certamente embriagou-se , caiu doente numa calçada e morreu, praticamente sozinho. Os médicos haviam advertido do perigo de voltar ao copo, mas nem mesmo o casamento já anunciado com o amor da adolescência, Elmira, colocou o indomável sob as amarras do bom comportamento. Mesmo ao morrer, Poe foi um infeliz. A ironia do destino fez com que o homem que passou a vida sob as sombras, retratando-as com inigualável maestria, passou a brilhar apenas após a morte, quando as brumas que arquitetou se espalharam pelo mundo e, ao contrário das tristezas que as deram gênese, transformaram-se em luz criativa
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25 outubro 2005

REFERENDO 2005

Domingo, 23 de Outubro de 2005. Os brasileiros, pela primeira vez em sua história, compareceram às urnas eletrônicas para votar contra ou a favor da proposta a qual governo Lula é favorável: A Proibição do Comércio de Armas de Fogo e Munição no País. O "NÃO" venceu! Os brasileiros foram contra a proibição!Além da monumental perda de tempo que esse referendo representou, pois foram gastos cerca de 202 milhões em sua elaboração, dinheiro que certamente seria mais bem aproveitado em obras sociais e em ações de saúde, entre outras, provou-se também a temeridade da índole do brasileiro, no seu arrojo idiota visto na ânsia de portar uma arma de fogo. É bastante para concluí-lo, analisar o nível do discurso dos defensores do NÃO. Defendiam-se os direitos quanto à segurança pessoal, resistência às investidas da criminalidade etc. Que direitos são esses? Portar um instrumento de morte é um direito? Com quem fim? Matar certamente, nada mais que matar! Essa campanha capciosa e imoral foi apoiada pela maioria do povo, inquestionavelmente bárbara, levada em roda por uma campanha ardilosa que se aproveitou do desbaratamento que hoje vive a sociedade sob poder do crime, de certa forma, com o aval do nosso desbrioso governo no seu cochilo irresponsável. A vitória do NÃO representou para alguns o inconformismo da população brasileira com o nosso aparato humano de segurança pública – ineficiente e desesperante!
Todavia, a campanha do NÃO pregava um heroísmo estúpido, absolutamente disparatado e irrecomendável para qualquer cidadão civil. Quem está, por conseguinte, preparado para um assalto? Quem é habilitado para manejar uma arma de sorte a impor medo a um criminoso, no momento de uma investida que, sem dúvida, acontece sem advertência, pegando o cidadão no seu “descuido”, haja vista a que o bandido nada tem a perder? Inquestionavelmente, pouquíssimas pessoas se preocupam em adquirir técnica de manejo de uma arma e, mesmo nesse caso, é impossível viver em estado de alerta, como quem se prepara para uma guerra; o afã do dia-a-dia, as preocupações constantes em adquirir bens, em sobreviver pelo método natural, isto é, a obtenção de alimentos, vestir-se, pagar as contas, educar os filhos, tratar da saúde, divertir-se etc são, sem dúvida, o expediente da vida moderna que afasta a atenção do homem do desejo insano de tornar-se um “atirador”, um soldado urbano.
Quantos não morreram com o intuito de defender-se? Quantos não morreram por que o bandido, pensando que a vítima tinha uma arma, ao fazer esta um movimento de desespero, alvejou-a sem piedade no trânsito, num beco escuro? O Brasil provou neste domingo que está longe de ser uma civilização, pelo menos no sentido poético do termo, por ter um povo fanfarrão que se julga poderoso e indefectível com uma arma na mão, em sua maioria. O povo não entendeu que certas relações são simples. A proibição não iria findar as mortes por armas de fogo, mas certamente diminuí-las – menos armas, menos mortes. Isto já está comprovado em alguns países. Aqui gastam-se 140 milhões de reais por ano com feridos de arma de fogo, uma soma vultosa que seria sensivelmente escasseada por um ato só exigido pelo bom senso: ir às urnas e votar sim! Mas o NÃO venceu, ponto para a estupidez! Mais lucro para as parasitárias fábricas de armas e para as casas funerárias!

20 outubro 2005

A Sociedade Poe de Amantes da Arte


Acima, nossa heteria de amantes da literatura, da filosofia e das artes. A tertúlia que aí vedes reúne-se sempre às sextas-feiras, no café do teatro Deodoro, para apresentar suas digressões filosóficas sobre a vida, a arte, a música, expor seus devaneios literários e partilhar os ideais dos mestres Sartre, Camu, Poe, Baudelaire, Thomas Mann etc. Nem todos acima são membros da Sociedade Poe; alguns são convidados, pois nossa confraria é extremamente restrita. Da esquerda para direita: Júnior Gótico (membro), Eliane (convidada), Paula (convidada), Pedro (o moço, [escondido atrás de Paula] convidado), Bruno (convidado), Pedro (o velho??? [eu mesmo, membro fundador]), Jâmeson (convidado) e Salomão (membro). Há ainda outro membro fundador, Wilson, que vedes aí na foto abaixo com cara de borracho!



Da esquerda para direita: Eu, Wilson "Kituti" & Jâmeson.
Obs.: Muito embora não pareça, o Wilson está
sóbrio. A expressão borracha dele deve-se a sua aversão às invenções da modernidade. Tão infenso a aparecer em fotos é que não soube conter seu alheamento e deixou o olhar perdido algures rsrsrsrsrsrsrsr!!!!

13 outubro 2005

VERSOS SATÂNICOS

Tenho uma insatisfação a confessar: Há muito apetece-me ler Versos Satânicos, do anglo-indiano Salman Rushdie, hoje com 55 anos e que, por causa de seu posicionamento contra as práticas do Islamismo, revelado no livro, tornou-se símbolo de escritor maldito do século XX. O livro, pelos comentários e análises críticas a que pude aceder, é uma rara oportunidade de ponderar com joeirantes critérios o rumo que tomaram certas religiões cujo sentido espiritual se perdeu há muito, cedendo lugar ao fundamentalismo político camuflado.
Concordo com o fato de respeitar demais as outras religiões é uma atitude que ultrapassa os limites da prudência e se torna uma temeraridade irracional, revelando, com efeito, uma alienação ideológica. De certo, quem respeita as outras religiões, achando que Deus é alcançável por quaisquer meios, revela não seguir nenhuma. É, portanto, um incrédulo, levado em roda por ventos de doutrina, refestelante no seu corformismo preguiçoso, a dormir um cochilo de ignorância. Queres uma prova de que tal postura é inútil? Tenta convencer um árabe de que Jesus é o Senhor, o Filho de Deus! Já sabes o resultado, não? Então, puxemos as orelhas de Maomé e mandemo-lo às favas. Afinal, segundo Rushdie, o suposto profeta teve visões que foram mais psicodélicas do que propriamente inspiracionais, de alguma divindade.
Em tempo, Chateaubrinad, em O Gênio do Cristinismo, se propôs a provar que a religião de Cristo é a mais poética, a mais humana e mais sublime, apesar de sua índole católica.
Quanto ao livro, o tenho procurado a farta e exaustivamente, mas nossas editoras (as alagoanas), parece-me, não têm o bom senso de publicar obra tão instigante. Há pouco, cheguei a deparar uma edição em uma banca de alfarrábio, mas o jornaleiro-alfarrabário já a tinha reservado a outro interessado.

07 outubro 2005

ADORAÇÃO


Procurava um meio de homenagear as mulheres, exaltar-lhes o poder de alumbramento, sublimar-lhes o encanto que lhes é tão próprio, com uma contribuição baudelaireana. Uma amiga sugeriu-me visitar o seguinte sítio: www.georgiaaflordapele.blogspot.com.
A princípio, senti-me um pouco desconcertado quando fitei os olhos em imagens tão evocadores da sexualidade. Correram-me calafrios tenebrosos nas costas e as já conhecidas sensações másculas urgiram por aflorar a alma. Mas compenetrei-me no meu objetivo e procurei julgar sem pré-concepções estouvadas. Um sítio levou a outro e eis que vagueei os olhos por www.blogxdyke.blogger.com.br , www.lolady.weblogger.terra.com.br
E a idéia brotou-me: A que é muito alegre...




Teu ar, teu gesto, tua fronte

São belos qual bela paisagem;
O riso brinca em tua imagem
Qual vento fresco no horizonte.

A mágoa que te roça os passos
Sucumbe à tua mocidade,
À tua flama, à claridade
Dos teus ombros e dos teus braços.

As fulgurantes, vivas cores
De tua vestes indiscretas
Lançam no espírito dos poetas
A imagem de um balé de flores.

Tais vestes loucas são o emblema
De teu espírito travesso;
Ó louca por quem enlouqueço,
Te odeio e te amo, eis meu dilema!

Certa vez, num belo jardim,
Ao arrastar minha atonia,
Senti, como cruel ironia,
O sol erguer-se contra mim;

E humilhado pela beleza
Da primavera ébria de cor,
Ali castiguei numa flor
A insolência da Natureza.

Assim eu quisera uma noite,
Quando a hora da volúpia soa,
Às frondes de tua pessoa
Subir, tendo à mão um açoite,

Punir-te a carne embevecida,
Magoar o teu peito perdoado
E abrir em teu flanco assustado
Uma larga e funda ferida,

E, como êxtase supremo,
Por entre esses lábios frementes,
Mais deslumbrantes, mais ridentes,
Infundir-te, irmã, meu veneno!

06 outubro 2005

MUTATIS MUTANDIS


Breve, implemento mudança no nome do blogue. Não que tenha eu me enfastiado com Heautontimorumenos, eu certamente adoro esse nome, pois conheci-o lendo meu poeta favorito, Baudelaire. Contudo por que mudar? - perguntai-me. Estou à cata de um nome que reflita melhor a natureza deste blogue e o atual, embora exprima particularidades minhas, não representa meu ideal de título.
Vou vasculhar os meus alfarrábios, vou pedir sugestão a alguma divindade literária, como Calíope, para encontrar o nome ideal. Até lá, caríssimos!

05 outubro 2005

AVISO AOS RAROS VISITANTES

Quando cogitei de criar e manter um blogue, pensei na multiplicidade de pessoas que podia alcançar, na transnacionalidade, na pluriculturalidade de indivíduos que minha ãnsia intentava. Pensei: seria interessante manter contato com pessoas de diversas formações, de variegadas origens através de temas que vão da filosofia à arte, da ciência à religião e, por conseguinte, avaliar suas visões, suas formas perculiares de entender a vida. Sim, é realmente cativante pensar nisso.
Mas a lástima maior é que só tenho escrito para mim, por força do desinteresse dos raros visitantes, talvez, não quero formalizar um juízo temerário, mas tenho sido aqui, neste blogue, uma voz solitária. Se é para escrever para mim, basta-me então caneta e papel, como sempre fiz antes de minha aderência à "blogomoda".
Se alguém acha que minha queixa é imprópria, reportemo-nos aos fatos: dos "amigos" que conheci via blogue, muitos há que sequer esforço literário ou de outra ordem fizeram (não quero desmerecer ninguém, por favor) para merecer uma visita crítica, pensada, ou mesmo aleatória e ler uma saudação mais demorada. Outros não buscaram com ãnsia alguns contatos pelo mundo blogueiro afora, simplesmente eles apareceram ex nihilo e se fizeram a si mesmos visitantes constantes. Tenho visto blogues com 20, 30 e mais comentários entusiasmados, até mesmo a respeito de fatos absolutamete triviais. No entanto, lá estão eles...sempre presentes!
E doe-me então sofrer a indiferença, pois tenho sido um obeservador impassivo e atento dos temas mais interessantes desenvolvidos na blogosfera, todavia como tarda a retribuição!...
Por isso tenho pensado em encerrar este blogue, deixando-o como uma relíquia de uma tentativa profílica frustrada. Mais uma...