Domingo, 23 de Outubro de 2005. Os brasileiros, pela primeira vez em sua história, compareceram às urnas eletrônicas para votar contra ou a favor da proposta a qual governo Lula é favorável: A Proibição do Comércio de Armas de Fogo e Munição no País. O "NÃO" venceu! Os brasileiros foram contra a proibição!Além da monumental perda de tempo que esse referendo representou, pois foram gastos cerca de 202 milhões em sua elaboração, dinheiro que certamente seria mais bem aproveitado em obras sociais e em ações de saúde, entre outras, provou-se também a temeridade da índole do brasileiro, no seu arrojo idiota visto na ânsia de portar uma arma de fogo. É bastante para concluí-lo, analisar o nível do discurso dos defensores do NÃO. Defendiam-se os direitos quanto à segurança pessoal, resistência às investidas da criminalidade etc. Que direitos são esses? Portar um instrumento de morte é um direito? Com quem fim? Matar certamente, nada mais que matar! Essa campanha capciosa e imoral foi apoiada pela maioria do povo, inquestionavelmente bárbara, levada em roda por uma campanha ardilosa que se aproveitou do desbaratamento que hoje vive a sociedade sob poder do crime, de certa forma, com o aval do nosso desbrioso governo no seu cochilo irresponsável. A vitória do NÃO representou para alguns o inconformismo da população brasileira com o nosso aparato humano de segurança pública – ineficiente e desesperante!
Todavia, a campanha do NÃO pregava um heroísmo estúpido, absolutamente disparatado e irrecomendável para qualquer cidadão civil. Quem está, por conseguinte, preparado para um assalto? Quem é habilitado para manejar uma arma de sorte a impor medo a um criminoso, no momento de uma investida que, sem dúvida, acontece sem advertência, pegando o cidadão no seu “descuido”, haja vista a que o bandido nada tem a perder? Inquestionavelmente, pouquíssimas pessoas se preocupam em adquirir técnica de manejo de uma arma e, mesmo nesse caso, é impossível viver em estado de alerta, como quem se prepara para uma guerra; o afã do dia-a-dia, as preocupações constantes em adquirir bens, em sobreviver pelo método natural, isto é, a obtenção de alimentos, vestir-se, pagar as contas, educar os filhos, tratar da saúde, divertir-se etc são, sem dúvida, o expediente da vida moderna que afasta a atenção do homem do desejo insano de tornar-se um “atirador”, um soldado urbano.
Quantos não morreram com o intuito de defender-se? Quantos não morreram por que o bandido, pensando que a vítima tinha uma arma, ao fazer esta um movimento de desespero, alvejou-a sem piedade no trânsito, num beco escuro? O Brasil provou neste domingo que está longe de ser uma civilização, pelo menos no sentido poético do termo, por ter um povo fanfarrão que se julga poderoso e indefectível com uma arma na mão, em sua maioria. O povo não entendeu que certas relações são simples. A proibição não iria findar as mortes por armas de fogo, mas certamente diminuí-las – menos armas, menos mortes. Isto já está comprovado em alguns países. Aqui gastam-se 140 milhões de reais por ano com feridos de arma de fogo, uma soma vultosa que seria sensivelmente escasseada por um ato só exigido pelo bom senso: ir às urnas e votar sim! Mas o NÃO venceu, ponto para a estupidez! Mais lucro para as parasitárias fábricas de armas e para as casas funerárias!
Todavia, a campanha do NÃO pregava um heroísmo estúpido, absolutamente disparatado e irrecomendável para qualquer cidadão civil. Quem está, por conseguinte, preparado para um assalto? Quem é habilitado para manejar uma arma de sorte a impor medo a um criminoso, no momento de uma investida que, sem dúvida, acontece sem advertência, pegando o cidadão no seu “descuido”, haja vista a que o bandido nada tem a perder? Inquestionavelmente, pouquíssimas pessoas se preocupam em adquirir técnica de manejo de uma arma e, mesmo nesse caso, é impossível viver em estado de alerta, como quem se prepara para uma guerra; o afã do dia-a-dia, as preocupações constantes em adquirir bens, em sobreviver pelo método natural, isto é, a obtenção de alimentos, vestir-se, pagar as contas, educar os filhos, tratar da saúde, divertir-se etc são, sem dúvida, o expediente da vida moderna que afasta a atenção do homem do desejo insano de tornar-se um “atirador”, um soldado urbano.
Quantos não morreram com o intuito de defender-se? Quantos não morreram por que o bandido, pensando que a vítima tinha uma arma, ao fazer esta um movimento de desespero, alvejou-a sem piedade no trânsito, num beco escuro? O Brasil provou neste domingo que está longe de ser uma civilização, pelo menos no sentido poético do termo, por ter um povo fanfarrão que se julga poderoso e indefectível com uma arma na mão, em sua maioria. O povo não entendeu que certas relações são simples. A proibição não iria findar as mortes por armas de fogo, mas certamente diminuí-las – menos armas, menos mortes. Isto já está comprovado em alguns países. Aqui gastam-se 140 milhões de reais por ano com feridos de arma de fogo, uma soma vultosa que seria sensivelmente escasseada por um ato só exigido pelo bom senso: ir às urnas e votar sim! Mas o NÃO venceu, ponto para a estupidez! Mais lucro para as parasitárias fábricas de armas e para as casas funerárias!
2 comentários:
É triste ver como uma maioria BURRA destrói os ideias, os lemas por que se rege a minoria. Que por ser menor, só que o Bem, a Paz...e por isso nunca vence. Temo que a Besta tenha já vencido em nossas sociedades, sejam elas Republicas, Monarquias ou outras formas de governar. A verdade é crua e dura para os que fazem parte da minoria. Não seria bom terminar com todas essas mortes estupidas? Será que os que morrem sabem o porquê? Entenderam os que matam porque o fazem?
A palavra que orienta os grupos opressos na História é: revolução!
Parece que é a única forma de provar aos governantes inúteis que o povo, ou uma parcela dele, deseja a paz!
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