14 dezembro 2005

ASSASSINOS SERIAIS


Um tema que há muito me tem fascinado, mas pela sua própria natureza assustadora me impõe reservas de ventilá-lo publicamente. No entanto, mesmo a tratar-se de questões de fundo ético-religioso as que me oprimem, decidi-me valentemente ir adiante. Essa tema são a vida e as motivações dos tenebrososAssassinos Seriais . Para esses indivíduos, matar não é apenas uma compulsão psicótica, embora a psiquiatria assim classifique, mas uma forma de arte elevada que tentam conduzir a uma perfeição que se traduz na estupeção e estonteamento das autoridades policiais e no horror cada vez mais mortificante da sociedade. Matar e passar uma mensagem que busque, de alguma forma, a veneração de uns e o medo de outros. Quais as motivações de uma mente assassina, fria, impassiva à dor alheia, estrastegista e ousada? São diversas. Variam conforme a história pessoal, a educação que tiveram, os incidentes havidos no curso da vida. Mas há algo em comum com eles: querem desentranhar alguma forma de angústia que lhes maltrata caladamente a alma. Isso não os torna vítimas, mas um instrumento mortal em suas próprias mãos. A primeira vez que a expressão assassino serial (ou serial killer) apareceu foi na década de 70 pelo agente do FBI Robert Kessler. Antes de Kessler, usava-se a expressãoEstranger Killer (Assassino Desconhecido) por se crer que o assassino não conhecia sua vitima. Quanto às origens psicorgânicas deste comportamento criminoso, estudos conduzidos na década de 1980 revelaram que esses assassinos sofrem de DPA (Distúrbio de Personalidade Anti-Social) e que o percentual afetado é 2,5%, sendo de maior proporção nos homens que nas mulheres. A pesquisa indicou ainda que a maioria das pessoas que disso padece apresenta o mal nos estágios mais baixos, ou seja, sem sua expressão mortal, haja vista pessoas que gostam de maltratar animais, chefes que se comprazem com a humilhaçãode seus subordinados e um apanhado de tipos sociais quie se caracterizam pela incisiva e obstinada perseguição a outras pessoas. Os fatores predisponentes desse mal ainda são objeto de análise corrente, mas apontam os cientistas que quando a doença chega ao seu estado mais avançado, ela é genericamente deflagrada por problemas finaceiros, traumas de abuso sexual, humilhação durante a infância, família mal estruturada, pais ausentes ou indiferente à educação dos filhos, alcoolismo na família, tanto por parte do doente como por de algum familiar etc. As causas primárias são também debatidas. O que se atina como provável é, por um lado, uma má formação na área do cérebro responsável pelo desenvolvimento da personalidade, por outro, admitem-nas como genéticas. Mas um fato absolutamente indiscutível é a que DPA é incurável. Passemos a um exemplo clássico: Ed Gein, um fazendeiro aparentemente pacato que vivia em Plainfiled, Wisconsin, nos EUA. Sua mãe era controladora e não permitia que seus filhos saíssem da fazenda nem mativessem contato com mulheres e os mantinha em integral dedicação ao trabalho. Ao que parecia, sua mãe era lésbica e perturbada e costumava pedir a Deus para que seu marido morresse. Quando Ed ficou sozinho, começou a desenvolver hábitos estranhos, como conservar o cadáver da mãe empalhado, masturbando-se de tempos em tempos sobre ele. Em pouco tempo, varria os cemitérios em busca de corpos recém-enterrados para lhes retirar a pele e confeccionar artefatos como telas de quebra-luzes. Daí a matar foi questão de tempo. Sua primeira vítima foi Mary Hogan, de 54 anos, que matou atiros em dezembro de 1954. Em 1957 , após matar Bernice Horden, deixou indícios que o condenaram, sendo preso seguidamente. A morte de Bernice foi uma ocorrência absolutamente mórbida que chocou os moradores que conheciam Ed Gein. Depois de decapitada, foi erguida com cordas pelas mãos e pés. Ed trabalhou dedicamente em anatomizar seu corpo: seccionou sua genitália e abriu um talho que ia da base do pescoço à pélvis, deixando-o como um cabrito imolado. Na década de 50, Ed Gein foi o mais aterrorizante assassino em série conhecido na América.

2 comentários:

Anônimo disse...

Serial killers são d +...por isso me tornei um deles...

Reginaldo Carlota disse...

REGINALDO CARLOTA VAI LANÇAR LIVRO SOBRE SERIAL KILLER LAERTE PATROCÍNIO ORPINELLI

O escritor e jornalista, o ituano Reginaldo Carlota, 35, perdeu há muito tempo a conta de quantas pessoas mortas, das mais piores formas, já fotografou em seus anos de repórter policial. Porém, nenhum dos casos em que trabalhou até hoje, conseguiu abalá-lo tanto, quanto os brutais assassinatos de duas garotinhas de 9 e 10 anos, ocorridos em Itu, no ano de 1984, quando o autor ainda era uma criança, da mesma idade das vítimas.
Foi a obsessão por esses dois casos, nunca esclarecidos pela polícia, que levaram o autor a escrever o livro “O Matador de Crianças”, que será lançado no próximo mês.
“O livro é um documentário chocante, brutal e aterrador sobre o serial killer Laerte Patrocínio Orpinelli e seus macabros assassinatos de crianças, ocorridos no interior de São Paulo entre 1970 e 1999.
Durante vários anos Carlota seguiu de maneira obsessiva a trilha de sangue deixada pelo serial killer Orpinelli e foi refazendo toda a rota de seus crimes, para levantar o maior número de informações que podia sobre o maníaco.
A obsessão do autor pelo criminoso era tanta que, Carlota perambulou durante meses por diversas cidades do interior de São Paulo, pegando carona nas mesmas rodovias que o assassino pegava, atrás de informações sobre ele. O autor também ia pessoalmente até os locais onde o maníaco havia matado suas vítimas, frequentava os mesmos bares que ele havia frequentado, conversava com as mesmas pessoas que ele havia conversado, ouviu depoimentos dos familiares e conhecidos das vítimas e pesquisou quilos de jornais e inquéritos policiais sobre os crimes. Carlota também entrevistou três delegados envolvidos nos casos e chegou ao extremo de pernoitar durante semanas nos mesmos albergues noturnos que o andarilho dormia, tudo para saber o máximo que podia sobre o serial killer.
“Eu tive que refazer toda a rota macabra percorrida pelo Orpinelli e mergulhar no mundo dele, só assim consegui compreender sua lógica perversa e doentia”, revelou o autor.
De acordo com Carlota, o livro será lançado no próximo mês e deverá ter uma noite de autógrafos na cidade, aberta ao público. A data ainda não foi definida.
O autor está postando mais informações sobre seu projeto em seu blog pessoal (www.carlotacriminal.blogspot.com).