26 abril 2005

Vocabulário Luso-Brasileiro, ora pois!!!

Segue o catálogo de palavras que distinguem o vocabulário luso do tupiniquim:

Portugal Brasil
Baliza Trave (de futebol)
Banda Desenhada Revista em Quadrinhos
Bairro da Lata Favela
Banheiro Salva-Vidas de Praia
Bebedeiro Mamadeira
Berlinde Bola de Gude, Chimbra
Boléia Carona
Bolo-Rei Bolo de Panetone (comido no Natal)
Botequim, loja de bebidas de café Loja de Bebidas Alcoólicas
Brigada de Trânsito Polícia Rodoviária
Burgo Pequena povoação
Qualificação Classificação
Quezília Aversão, Antipatia
Pastilha Elástica Chiclete
Tira-Cápsulas Abridor
Hospedeira de Bordo Aeromoça, Comissária de Bordo
Lixívia Água Sanitária
Elétrico Bonde
Sebenta Apostila
Piroso Brega
Boceta Caixa (no Brasil, na língua popular, boceta significa “vulva”)
Descapotável Conversível
Picheleiro Encanador
Penso Rápido Esparadrapo
Agrafador Grampeador
Peúgas Meias
Coima Multa
Peão Pedestre (No Brasil, peão é usado p/ designar o amansador de cavalos)
Paragem Ponto de Ônibus
Sandes Sanduíche
Calcinha Cueca
Capachinho Peruca
Sumo Suco
Bica Cafezinho
Autoclismo Descarga
Autogol Gol Contra
Autocarro Ônibus

9 comentários:

Cerejinha disse...

Esferovite(Portugal)- Isopor (Brasil)
Cimento(Portugal) - Concreto (Brasil)
Relva(Portugal)- Grama (Portugal)

Lemnrei-me destes agora mas há muitos mais que não constam na tua lista.

Cerejinha disse...

Oooopppsss
Grama(Brasil)

e "lembrei-me"

*Carol* disse...

Muito interessante!
E obrigada por querer conhecer minha pessoa...

Pedro Lima disse...

Cerejinha,
Muito obrigado por sua valorosa cooperação, confesso que não conhecia a forma "esfevorite", é muito bom sabê-lo. Quando for a um bazar aqui, vou perguntar: "Tens esfevorite?"

Carol,
Não duvides disso, continua a escrever sobre tuas experinências, são os relatos que me fazem querer te conhecer mais.


Beijos a ambas!!!

Lua disse...

Pedro há um termo vosso muito interessante, que me deixou parada uns segundos a tentar compreender quando o ouvi pela primeira vez, o barganhar. Chequei ao seu significado por associação com a palavra inglesa bargain. Acabei por descobrir, no entanto, que é uma derivação do latim mediaval e que também nós empregámos esse termo em tempos. Hoje o seu equivalente comumente utilizado é o regatear ou pechinchar, isto é, pedir a redução do preço.
Aconselho vivamente a memorização destas palavras em caso de visita ao nosso "cantinho". ; )
Beijinhos.

ines silva disse...

ora pois!
ca estou eu a fazer uma visitinha ao seu blog!!Gostei muito!!
beijinhos da Nokas :)

Pedro Lima disse...

Muito esclarecedores teus comentários, obrigado! Está à vontade para utilizar a lista de vernáculos onde quiseres. Sobre o incidente com o termo "bica", devo dizer que fenômenos idênticos ocorrem no Brasil, devido à sua vasta extensão. Costumam alguns pesquisadores dividir o português daqui em dialetos como "Nordestino", "Baiano", "Sudestino", "Amazônico" etc.

Há que considerar que a fala popular brasileira apresenta uma relativa unidade, maior ainda do que a da portuguesa, o que surpreende em se tratando de um pais tão vasto. A comparação das variedades dialetais brasileiras com as portuguesas leva à conclusão de que aquelas representam em conjunto um sincretismo destas, já que quase todos os traços regionais ou do português padrão europeu que não aparecem na língua culta brasileira são encontrados em algum dialeto do Brasil.
A insuficiência de informações rigorosamente científicas e completas sobre as diferenças que separam as variedades regionais existentes no Brasil não permite classificá-las em bases semelhantes às que foram adotadas na classificacão dos dialetos do português europeu. Existe, em caráter provisório, uma proposta de classificação de conjunto que se baseia - como no caso do português europeu - em diferenças de pronúncia (basicamente no grau de abertura na pronúncia das vogais, como em pegar, onde o "e" pode ser aberto ou fechado, e na cadência da fala). Segundo essa proposta, é possível distinguir dois grupos de dialetos brasileiros: o do Norte e o do Sul. Pode-se distinguir no Norte duas variedades: amazônica e nordestina. E, no Sul, quatro: baiana, fluminense, mineira e sulina.
Esta proposta, embora tenha o mérito de ser a primeira tentativa de classificação global dos dialetos portugueses no Brasil, é evidentemente simplificadora. Alguns dos casos mais evidentes de variações dialectais não representadas nessa classificação seriam:
· a diferença de pronunciação entre o litoral e o interior do Nordeste; o dialeto da região de Recife, em Pernambuco (PE) é particularmente distinto;
· a forma de falar da cidade do Rio de Janeiro (RJ);
· o dialeto do interior do estado de São Paulo (SP); e
· as características próprias aos três estados da região sul (PR, SC e RS), em particular o(s) dialeto(s) utilizado(s) no estado do Rio Grande do Sul (RS)

Marla Singer disse...

Realmente interesante...

Anônimo disse...

MUITO INTERESANTEE..

GOSTEIIIIII...

XAUUUUUU...