“Com esforço, ao fim de várias tentativas(...) o carro pode entrar na balsa. Dentro em pouco a enorme barcaça, ainda maior só com aquele veículo negro deslizava pelas águas sussurrantes, que pareciam rir e conversar em surdina. Talvez as ondas rápidas, amarelas, contassem umas às outras a história muito curta e risonha da menina vestida de cetim brocado, com a pequena coroa de rosas que era prisioneira entre paredes de madeira rude, escondida pela seda branca, sobre ela esticada.”
O trecho acima faz parte do romance A Menina Morta, de Cornélio Penna, um romancista lamentavelmente desconhecido da maioria dos brasileiros e que escreveu uma das maiores obras da ficção intimista de nossas letras. A Menina Morta é um romance profundo, de atmosfera, conforme classificou Alfredo Bosi em sua História Concisa da Literatura Brasileira. Produzindo nos primeiros anos do século 20, Cornélio Penna, nascido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1896, escreveu um dos mais envolventes textos em prosa cujos leitores, segundo Luís Costa Lima, contam-se nos dedos. Um texto que supera a subjetividade e que vai além da tradição da época, pois, quando surgiu, os seus contemporâneos eram tributários da prosa regionalista que então imperava. Vejam-se Graciliano Ramos, Raquel de Queiróz, Jorge Amado, Érico Veríssimo, por exemplo.
O trecho acima faz parte do romance A Menina Morta, de Cornélio Penna, um romancista lamentavelmente desconhecido da maioria dos brasileiros e que escreveu uma das maiores obras da ficção intimista de nossas letras. A Menina Morta é um romance profundo, de atmosfera, conforme classificou Alfredo Bosi em sua História Concisa da Literatura Brasileira. Produzindo nos primeiros anos do século 20, Cornélio Penna, nascido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 1896, escreveu um dos mais envolventes textos em prosa cujos leitores, segundo Luís Costa Lima, contam-se nos dedos. Um texto que supera a subjetividade e que vai além da tradição da época, pois, quando surgiu, os seus contemporâneos eram tributários da prosa regionalista que então imperava. Vejam-se Graciliano Ramos, Raquel de Queiróz, Jorge Amado, Érico Veríssimo, por exemplo.
5 comentários:
opa !
fiquei contente em ver o blog . e muito por ver um livro do cornélio penna .
dele , li apenas "fronteira" e "dois romances de nico horta" . isso na antiga e ótima edição da aguilar (um exemplar velhíssimo da biblioteca central - exemplar que já deve ter sido devorado pelo tempo) .
tinha planos de ler "repouso" e "menina morta" - mas não li .
poxa, que bom ver um texto sobre o cornélio . ele é muitíssimo bom, dos meus prediletos .
depois lerei o restante do blog, com o cuidado,a atenção que ele merece .
abração .
tá muito massa !!!
Pedrocaaaa!!!!
Passando só pra falar bobagem!!
Já viu minha foto de coelha??
Hihihihihi...
Ô, vidinha de teacher, huh?
Pedrocaaaa!!!!
Passando só pra falar bobagem!!
Já viu minha foto de coelha??
Hihihihihi...
Ô, vidinha de teacher, huh?
Olha só a resenha: pesquisando no google a respeito de Cornélio Pena, coloquei no comando "trechos" e qm aparece? Nem sabia q vc tinha postado sobre o autor. Legal!"Quanto mais me calo mas me visto de silêncio e solidão".
=)
Postar um comentário