05 dezembro 2007

RENOUATIO

Este blogue foi, desde sua gênese, repositório de toda sorte de impressão que me vinha vindo: às vezes, agia como um típico romântico e meu humor oscilava à sucessão dos fatos. Aqui e ali deixava uma nota de melancolia ou de contentamento à medida que meu espírito sentia os movimentos da vida. Refletia sobre todas as impressões, todas as nuanças e significados que tinham os fatos e as coisas.

Agora, implemento renovação. Dedico-o ao que me tem feito ver sentido na vida: arte e a literatura, as divagações e investigações filosóficas sobre o homem e a existência, porque estamos cá na terra e é nela que sonhamos, sofremos, esperamos, amamos. Mas e o transcendente? Sim, está lá naquela dimensão etérea. Não é alheio a nós, mas nós também não devemos ser alheios à terra.

Muito embora esbarremos na angústia heideggereana e na náusea de Sartre pela impossibilidade de infinito, vivemos aqui o que nos define, o que bem significa o ser no mundo. Nada de fatalismo, apenas existencialismo crítico.

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