O fim de semana se acerca e meu tédio também, pois esse é o fato: eu odeio dias assim, feriados e fins de semana. Sou anormal? Evidente que não! Sou apenas uma pessoa que teve o infortúnio de, ainda criança à mercê das graças da mãe, ser deslocado da capital, onde nasci, para uma cidade intolerável, alvo constante de minhas queixas.
Sabei-lo: nos feriados e dias afins, pratica-se absolutamente nada na "briosa" cidade em que finquei residência. Nada no sentido imediatamente produtivo. As ruas com seus bares malditos abertos e repletos de bêbados sorrindo suas indignidades, moçoilas desocupadas a dar olhadelas pseudo-avaliativas aos gajos que lhe passam pelas vistas de putanas. Crianças odiosas correndo pelas ruas mais estreitas, atulhando o caminho com seus brinquedos toscos e ridículos e causando vozerio constituído de gritinhos irritantes; na rua onde morava, antes de casar-me, a cozinha do inferno, é freqüente um ajuntamento de marmanjos inúteis, verdadeiros vermes sociais, a ouvir os tipos de música mais exasperantes possíveis, considerem que falo dos amaldiçoados forró, pagode, samba e o enojante brega. Meu Deus, esses estilos devem ter sido concebidos quando algum demônio, numa crise diarréica, evacuou toda sua impureza na terra e os tolos sem critérios abriram suas bocas a receber tudo gorja adentro.
Perdoem-me a revolta, por favor! É possível que minha cólera esteja a fuzilar alguém, que me lê, que nutre simpatia pelas classes musicais acima citadas. Mas não me condenem, pois tenho que padecer isso nos dias a que chamam feriados e fins de semana. O lugar não permite opção. A capital permitiria? Não é o melhor dos lugares, mas lhe dou o benefício da vantagem sobre Satuba pelo simples fato de lá haver bibliotecas, lojas de alfarrábios, museus, teatros, chás literários com os que posso chamar de amigos e pessoas no mínimo não provincianas que não se atenham às aparências para processar um julgamento definitivo sobre alguém. "Em todo lugar há pessoas assim!", dizeis-me, caros leitores, mas eu vos replico: "Ao que parece, a atmosfera suburbana possui algum poder condicionante sobre os hábitos de certas pessoas, que as inclina para uma forma deliberada de vício!"
Mas o fim de semana está aí, paciência!
Sabei-lo: nos feriados e dias afins, pratica-se absolutamente nada na "briosa" cidade em que finquei residência. Nada no sentido imediatamente produtivo. As ruas com seus bares malditos abertos e repletos de bêbados sorrindo suas indignidades, moçoilas desocupadas a dar olhadelas pseudo-avaliativas aos gajos que lhe passam pelas vistas de putanas. Crianças odiosas correndo pelas ruas mais estreitas, atulhando o caminho com seus brinquedos toscos e ridículos e causando vozerio constituído de gritinhos irritantes; na rua onde morava, antes de casar-me, a cozinha do inferno, é freqüente um ajuntamento de marmanjos inúteis, verdadeiros vermes sociais, a ouvir os tipos de música mais exasperantes possíveis, considerem que falo dos amaldiçoados forró, pagode, samba e o enojante brega. Meu Deus, esses estilos devem ter sido concebidos quando algum demônio, numa crise diarréica, evacuou toda sua impureza na terra e os tolos sem critérios abriram suas bocas a receber tudo gorja adentro.
Perdoem-me a revolta, por favor! É possível que minha cólera esteja a fuzilar alguém, que me lê, que nutre simpatia pelas classes musicais acima citadas. Mas não me condenem, pois tenho que padecer isso nos dias a que chamam feriados e fins de semana. O lugar não permite opção. A capital permitiria? Não é o melhor dos lugares, mas lhe dou o benefício da vantagem sobre Satuba pelo simples fato de lá haver bibliotecas, lojas de alfarrábios, museus, teatros, chás literários com os que posso chamar de amigos e pessoas no mínimo não provincianas que não se atenham às aparências para processar um julgamento definitivo sobre alguém. "Em todo lugar há pessoas assim!", dizeis-me, caros leitores, mas eu vos replico: "Ao que parece, a atmosfera suburbana possui algum poder condicionante sobre os hábitos de certas pessoas, que as inclina para uma forma deliberada de vício!"
Mas o fim de semana está aí, paciência!
4 comentários:
Salve Pedro!!
Se tu estás tão infeliz com o lugar onde moras, muda-te!!
A vida é agora, e só agora! Tudo o que não fizeres agora, nunca mais o fará...
Fique bem, meu amigo!!
Estou tentando, mas certos problemas se resolvem a longo prazo como encontrar um apartamento bom e barato!
Beijinhos!
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sabe? eu também odeio feriados, honestamente ainda não me comformei com sábado e domingo; certo dia perguntei a minha professora, por que existe domingo e ela me respondeu com outra pergunta: por que carro precisa de gasolina?
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