23 maio 2006
11 maio 2006
Já sabendo a resposta, ainda assim pergunto: Há leitores na internet?
É uma questão crucial. Um filósofo e politólogo italiano, Giovanni Sartori, produziu um interressante opúsculo, em 1991, sobre a função nefasta da televisão sobre o homem, tirando-o a capacidade de abstração. Em certo sentido, é possível trensferir essa deturpação para a internet, que, devo admitir, não é de toda má.
Para Sartori, cuja obra chama-se "Homo Videns: Televisão e Pós-Pensamento", a televião estaria simplesmente mundando a natureza do ser humano, que deixa de ser homo sapiens (homem que sabe) para torna-se homo videns (homem que vê) inaugurando a era do pós-pensamento. Incapaz de elaborar um pensamento abstrato, o homem se torna um idiota guiado por símbolos e imagens.
Analisando o comportamento de internautas viciados pela rede adentro, é possível perceber essa tendência de condicionar o indivíduo à indústria da incultura e da imbecilidade. Viciados em Orkut e em outras comunidades, em sites de bate-papo sem finalidade útil, em jogos eletrônicos via computador, entre outros, têm se mostrado condicionados a um comportamento limitado e incapaz de ascender ao mundo inteligível, sendo, por isso, seu único guia a pobre simbologia que influncia seus olhos. É lastimável que mães e pais permitam que seus filhos despendam horas diante do computador escravizados por jogos eletrônicos e conversas inúteis, que as casas de intenet (lan house) estejam atulhadas de bufarinhieros de ninharia unicamente para adicionar e conhecer "aquela pessoa interessamteno no Orkut". Saliento como necessário afirmar que não condeno o uso do Orkut, mas apenas a dependência patológica dessa comunidade a que muitos estão sujeitos.
Como havia dito, a internet não é toda má, mas a sua ilimitação quanto aos usos conduz o homem ao meso fim dos que se submetem à ditadura imbecilizante da televisão. A multiplicidade e a complexidade de sons e imagens que a internet oferece têm minado a capacidade de pensar de alguns. Parece que, como a televisão, ela criou e continua a criar "um homem que não lê, que revela um alarmante entorpecimento mental, um molóide alimentado pelo vídeo (ou monitor), um potencial apedeuta viciado na vida dos jogos eletrônicos!"
É uma questão crucial. Um filósofo e politólogo italiano, Giovanni Sartori, produziu um interressante opúsculo, em 1991, sobre a função nefasta da televisão sobre o homem, tirando-o a capacidade de abstração. Em certo sentido, é possível trensferir essa deturpação para a internet, que, devo admitir, não é de toda má.
Para Sartori, cuja obra chama-se "Homo Videns: Televisão e Pós-Pensamento", a televião estaria simplesmente mundando a natureza do ser humano, que deixa de ser homo sapiens (homem que sabe) para torna-se homo videns (homem que vê) inaugurando a era do pós-pensamento. Incapaz de elaborar um pensamento abstrato, o homem se torna um idiota guiado por símbolos e imagens.
Analisando o comportamento de internautas viciados pela rede adentro, é possível perceber essa tendência de condicionar o indivíduo à indústria da incultura e da imbecilidade. Viciados em Orkut e em outras comunidades, em sites de bate-papo sem finalidade útil, em jogos eletrônicos via computador, entre outros, têm se mostrado condicionados a um comportamento limitado e incapaz de ascender ao mundo inteligível, sendo, por isso, seu único guia a pobre simbologia que influncia seus olhos. É lastimável que mães e pais permitam que seus filhos despendam horas diante do computador escravizados por jogos eletrônicos e conversas inúteis, que as casas de intenet (lan house) estejam atulhadas de bufarinhieros de ninharia unicamente para adicionar e conhecer "aquela pessoa interessamteno no Orkut". Saliento como necessário afirmar que não condeno o uso do Orkut, mas apenas a dependência patológica dessa comunidade a que muitos estão sujeitos.
Como havia dito, a internet não é toda má, mas a sua ilimitação quanto aos usos conduz o homem ao meso fim dos que se submetem à ditadura imbecilizante da televisão. A multiplicidade e a complexidade de sons e imagens que a internet oferece têm minado a capacidade de pensar de alguns. Parece que, como a televisão, ela criou e continua a criar "um homem que não lê, que revela um alarmante entorpecimento mental, um molóide alimentado pelo vídeo (ou monitor), um potencial apedeuta viciado na vida dos jogos eletrônicos!"
05 maio 2006
O fim de semana se acerca e meu tédio também, pois esse é o fato: eu odeio dias assim, feriados e fins de semana. Sou anormal? Evidente que não! Sou apenas uma pessoa que teve o infortúnio de, ainda criança à mercê das graças da mãe, ser deslocado da capital, onde nasci, para uma cidade intolerável, alvo constante de minhas queixas.
Sabei-lo: nos feriados e dias afins, pratica-se absolutamente nada na "briosa" cidade em que finquei residência. Nada no sentido imediatamente produtivo. As ruas com seus bares malditos abertos e repletos de bêbados sorrindo suas indignidades, moçoilas desocupadas a dar olhadelas pseudo-avaliativas aos gajos que lhe passam pelas vistas de putanas. Crianças odiosas correndo pelas ruas mais estreitas, atulhando o caminho com seus brinquedos toscos e ridículos e causando vozerio constituído de gritinhos irritantes; na rua onde morava, antes de casar-me, a cozinha do inferno, é freqüente um ajuntamento de marmanjos inúteis, verdadeiros vermes sociais, a ouvir os tipos de música mais exasperantes possíveis, considerem que falo dos amaldiçoados forró, pagode, samba e o enojante brega. Meu Deus, esses estilos devem ter sido concebidos quando algum demônio, numa crise diarréica, evacuou toda sua impureza na terra e os tolos sem critérios abriram suas bocas a receber tudo gorja adentro.
Perdoem-me a revolta, por favor! É possível que minha cólera esteja a fuzilar alguém, que me lê, que nutre simpatia pelas classes musicais acima citadas. Mas não me condenem, pois tenho que padecer isso nos dias a que chamam feriados e fins de semana. O lugar não permite opção. A capital permitiria? Não é o melhor dos lugares, mas lhe dou o benefício da vantagem sobre Satuba pelo simples fato de lá haver bibliotecas, lojas de alfarrábios, museus, teatros, chás literários com os que posso chamar de amigos e pessoas no mínimo não provincianas que não se atenham às aparências para processar um julgamento definitivo sobre alguém. "Em todo lugar há pessoas assim!", dizeis-me, caros leitores, mas eu vos replico: "Ao que parece, a atmosfera suburbana possui algum poder condicionante sobre os hábitos de certas pessoas, que as inclina para uma forma deliberada de vício!"
Mas o fim de semana está aí, paciência!
Sabei-lo: nos feriados e dias afins, pratica-se absolutamente nada na "briosa" cidade em que finquei residência. Nada no sentido imediatamente produtivo. As ruas com seus bares malditos abertos e repletos de bêbados sorrindo suas indignidades, moçoilas desocupadas a dar olhadelas pseudo-avaliativas aos gajos que lhe passam pelas vistas de putanas. Crianças odiosas correndo pelas ruas mais estreitas, atulhando o caminho com seus brinquedos toscos e ridículos e causando vozerio constituído de gritinhos irritantes; na rua onde morava, antes de casar-me, a cozinha do inferno, é freqüente um ajuntamento de marmanjos inúteis, verdadeiros vermes sociais, a ouvir os tipos de música mais exasperantes possíveis, considerem que falo dos amaldiçoados forró, pagode, samba e o enojante brega. Meu Deus, esses estilos devem ter sido concebidos quando algum demônio, numa crise diarréica, evacuou toda sua impureza na terra e os tolos sem critérios abriram suas bocas a receber tudo gorja adentro.
Perdoem-me a revolta, por favor! É possível que minha cólera esteja a fuzilar alguém, que me lê, que nutre simpatia pelas classes musicais acima citadas. Mas não me condenem, pois tenho que padecer isso nos dias a que chamam feriados e fins de semana. O lugar não permite opção. A capital permitiria? Não é o melhor dos lugares, mas lhe dou o benefício da vantagem sobre Satuba pelo simples fato de lá haver bibliotecas, lojas de alfarrábios, museus, teatros, chás literários com os que posso chamar de amigos e pessoas no mínimo não provincianas que não se atenham às aparências para processar um julgamento definitivo sobre alguém. "Em todo lugar há pessoas assim!", dizeis-me, caros leitores, mas eu vos replico: "Ao que parece, a atmosfera suburbana possui algum poder condicionante sobre os hábitos de certas pessoas, que as inclina para uma forma deliberada de vício!"
Mas o fim de semana está aí, paciência!
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