Qual a função de um professor em sentido amplo? Apenas ministrar aulas como que para infundir conhecimento nos alunos, meros receptáculos? Preencher cadernetas, aplicar provas? E quanto a conhecer os alunos postos sob sua responsabilidade, na sua individualidade, atravessados por conflitos reais de ordem social, étnica, familiar etc e que, certamente, interferem na sua interacção com ambiente escolar?
Escritores da Liberdade é um filme baseado na história real de Erin Gruwell (Hilary Swank), uma professora que assumiu o desafio de ir além das aparências e limitações do sistema que envolve a educação pública. Quis e conseguiu fazer aflorar a dimensão humana da relação entre aluno e mestre, compreendendo suas histórias de vida, dificuldades, dúvidas e incertezas e lidando com os preconceitos de cor, condição social e com a violência sedutora das ruas que forja, nas periferias, uma triste vitrina de auto-afirmação para a juventude norte-americana, a das gangues. Como professora de língua e literatura inglesa, Erin assume uma turma segregada por esses males, indisciplinada e hostil, formada de jovens provindos, em sua maioria, de reformatórios e obrigados a cumprir penas condicionais para não tornar à detenção. Assim, fatalmente, sua freqüência escolar é forçada e a convivência uns com os outros, extremamente difícil, sobretudo devido à segregação racial em quer se encontram. A intolerância e a descrença na integração fomentada pelo receio da histórica opressão branca sobre as demais raças caracteriza inicialmente a relação entre os diversos grupos étnicos -orientais, negros, latinos, brancos - e a professora, cujo empenho não é compreendido,sendo, até mesmo, ridicularizado e havido como uma estratégia branca de dominação. Como agravante de suas frustrações, os demais professores mostram-se poucos dispostos a ajudá-la e a aceitar seus métodos, além do sistema burocrático, absorvedor, estático, minimamente humano e estandardizado demais com regras inflexíveis e improfícuas. Acreditando mais nas potencialidades latentes de seus alunos do que eles mesmos, Erin cria um ciclo de leituras inicialmente baseado em reflexões sobre a vida e as crenças da menina judia Anne Frank, a partir do famoso livro O Diário de Anne Frank em que a jovem relata seus dias de aprisionamento nos campos de concentração nazista. Por ter sido branca e oprimida, Anne Frank constitui exemplo de que não importam raça, cor ou condição social para sofrer preconceitos e exclusão. Assim, sugere aos alunos que, a exemplo da garota judia, escrevam seus próprios diários confessando os anseios, medos e fatos que marcaram suas carreiras juvenis, criando uma ligação com o mundo externo, um meio de comunicação de que não se ressentissem pelo temor de serem incompreendidos. O programa incluía não apenas leitura, mas visitas ao Museu da Tolerância com informaçõessobre o holocausto. Concebe-se, assim, uma forma de reflexão sobre preconceitos, suas raízes e conseqüências de sorte a transformar os jovens, dando-lhes a oportunidade da superação individual e do desenvolvimento da consciência de serem sujeitos sociais. Escritores da Liberdade é uma ode ao poder da educação engajada, levada à realização pelo esforço humanitário e consciente de professores que acreditam na capacidade de superação das potencialidades humanas. Em 1999, os escritos dos alunos da professora Erin forem coligidos e publicados, apesar das dificuldades impostas pela indústria editorial.
Convém considerar a boa trilha sonora do filme com destaque para a canção A Dream dos rappers Common e Wi.lli.am. Para ver o clipe, preme aqui.
Escritores da Liberdade é um filme baseado na história real de Erin Gruwell (Hilary Swank), uma professora que assumiu o desafio de ir além das aparências e limitações do sistema que envolve a educação pública. Quis e conseguiu fazer aflorar a dimensão humana da relação entre aluno e mestre, compreendendo suas histórias de vida, dificuldades, dúvidas e incertezas e lidando com os preconceitos de cor, condição social e com a violência sedutora das ruas que forja, nas periferias, uma triste vitrina de auto-afirmação para a juventude norte-americana, a das gangues. Como professora de língua e literatura inglesa, Erin assume uma turma segregada por esses males, indisciplinada e hostil, formada de jovens provindos, em sua maioria, de reformatórios e obrigados a cumprir penas condicionais para não tornar à detenção. Assim, fatalmente, sua freqüência escolar é forçada e a convivência uns com os outros, extremamente difícil, sobretudo devido à segregação racial em quer se encontram. A intolerância e a descrença na integração fomentada pelo receio da histórica opressão branca sobre as demais raças caracteriza inicialmente a relação entre os diversos grupos étnicos -orientais, negros, latinos, brancos - e a professora, cujo empenho não é compreendido,sendo, até mesmo, ridicularizado e havido como uma estratégia branca de dominação. Como agravante de suas frustrações, os demais professores mostram-se poucos dispostos a ajudá-la e a aceitar seus métodos, além do sistema burocrático, absorvedor, estático, minimamente humano e estandardizado demais com regras inflexíveis e improfícuas. Acreditando mais nas potencialidades latentes de seus alunos do que eles mesmos, Erin cria um ciclo de leituras inicialmente baseado em reflexões sobre a vida e as crenças da menina judia Anne Frank, a partir do famoso livro O Diário de Anne Frank em que a jovem relata seus dias de aprisionamento nos campos de concentração nazista. Por ter sido branca e oprimida, Anne Frank constitui exemplo de que não importam raça, cor ou condição social para sofrer preconceitos e exclusão. Assim, sugere aos alunos que, a exemplo da garota judia, escrevam seus próprios diários confessando os anseios, medos e fatos que marcaram suas carreiras juvenis, criando uma ligação com o mundo externo, um meio de comunicação de que não se ressentissem pelo temor de serem incompreendidos. O programa incluía não apenas leitura, mas visitas ao Museu da Tolerância com informaçõessobre o holocausto. Concebe-se, assim, uma forma de reflexão sobre preconceitos, suas raízes e conseqüências de sorte a transformar os jovens, dando-lhes a oportunidade da superação individual e do desenvolvimento da consciência de serem sujeitos sociais. Escritores da Liberdade é uma ode ao poder da educação engajada, levada à realização pelo esforço humanitário e consciente de professores que acreditam na capacidade de superação das potencialidades humanas. Em 1999, os escritos dos alunos da professora Erin forem coligidos e publicados, apesar das dificuldades impostas pela indústria editorial.
Convém considerar a boa trilha sonora do filme com destaque para a canção A Dream dos rappers Common e Wi.lli.am. Para ver o clipe, preme aqui.